quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Lendas do Castelo



Antes de fazermos a pesquisa junto dos familiares mais antigos, acerca das lendas existentes no nosso concelho, fomos à procura do significado da palavra Lenda.
Então encontrámos o que de seguida se poderá ler.
“ Antigamente, como a maior parte das pessoas não sabia ler, contavam-se os factos que aconteciam de pais para filhos. Pouco a pouco, a esses relatos acrescentavam-se factos imaginários, irreais, dando origem às lendas. As lendas procuravam, muitas vezes, transmitir-nos valores sobres determinados comportamentos”.

Lendas do Castelo:

Lenda das padeiras

Conta-se que em 1282 era governador do castelo Pedro Mendes, moço de boa família, cavaleiro da Casa de Bragança, mas com má fama e maus instintos.
N a rua Direita da antiga vila do Castelo, moravam duas irmãs, órfãs, padeiras de profissão e muito bonitas. A mais velha chamava-se Guiomar tinha trinta anos e era viúva. A mais nova chamava-se Aldonçae não tinha mais de 18 anos. Estava prometida a um negociante de cereais.
Há algum tempo que Pêro perseguia Aldonça com propostas indecorosas, sem nunca ter qualquer aceitação por parte desta, por ela ser séria e estar apaixonada. Por isso, quando os noivos foram pedir autorização para casar, o alcaide esquivou-se e exigiu direitos caídos em desuso
Ao deparar-se com tal ofensa à dignidade dos noivos, o noivo lança-se sobre o rival, mas acabou com as orelhas cortadas e à masmorra.
Entretanto, a noiva tenta escapar-se, mas parte uma perna na fuga. Mesmo assim, conseguiu alcançar o povoado e avisar os moradores do que se passava.
O povo junta-se, atraído pelos, acorrendo às muralhas com tal ímpeto que o alcaide é obrigado a libertar o preso. Mas a lição não chegou ao alcaide e Pêro passa a assediar a outra irmã, Guiomar, pedindo-lhe que o recebesse em casa à noite. Esta conta ao cunhado que a aconselha a recebê-lo, mas só. Marcada a data e hora, ele aparece-se, entra, mas deixa o seu criado de vigia.
Na primeira tentativa do alcaide, o cunhado da padeira salta-lhe do escano onde estava escondido e mata-o à força de bordoada. O corpo foi depois atirado para o forno que estava a arder. Entretanto, o criado, farto de esperar, resolve bater à porta. Mal tinha atravessado a soleira da porta é varado por uma lança e atirado também para o forno.
Como deixou de haver chefe no castelo, D. Dinis, o rei, decidiu entrega-lo aos moradores, em 1294, para impedir actos de violência.


Lenda Do Quijo

Lenda do Quijo
Quijo cujo nome era Manuel Joaquim Mota Lopes Queijo, sapateiro de profissão.
Quijo era filho de uma costureira que frequentemente levava para casa pertences que não eram seus. Por sua vez, a mãe não o chamava à atenção nem o mandava restituir ao dono tais pertences.
O Quijo começou por levar uma agulha para casa e a partir daí entrou no caminho do crime. Depois de ter cometido roubo, seguido de assassínio, foi agarrado e entregue ao poder judicial. Aí respondeu e foram dados como provados os crimes de que vinha a ser acusado e condenado à morte.
Antes de ser executado, Quijo chama a mãe ao patíbulo (forca) a pretexto de um último beijo de despedida. Mas em vez de lhe dar um beijo ferra-a na face e a amaldiçoou-a culpando-a da sorte a que o deixara chegar, por não o ter educado como devia.
Quijo culpara a mãe pelo facto de não o ter educado convenientemente e pela educação pouco cuidada que lhe dera.


Lenda da Moura Encantada

Um dia há muito séculos uma linda princesa Moura, doce e linda como são todas as mouras das lendas, apaixonou-se por um fidalgo cristão, forte e gentil. Namoraram-se longo tempo até que, um dia, o coração da princesinha sofreu duro golpe, quebrando a sua história de amor.
O fidalgo deixou-a para casar com uma donzela cristã e nunca mais lhe apareceu.
Os séculos foram passando… e a alma da moura encantada, vive ainda hoje no castelo…
Ainda hoje pala noite alta, se ouvem os queixumes daquela que morreu de amor.

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